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Beatriz Mindi | 02-03-2011

Centenas de imigrantes em greve de fome há mais de um mês na Grécia.

Os serviços médicos gregos hospitalizaram hoje em Atenas e Salônica 54 imigrantes que há 36 dias entraram em greve de fome para exigir uma autorização de trabalho e de residência na Grécia.
Segundo a agência Efe, os hospitalizados fazem parte de um grupo de cerca de 300 imigrantes, na sua maioria oriundos do Magrebe, que iniciaram uma greve de fome há mais de um mês para exigir que lhes seja concedido o direito de residência e trabalho na Grécia.

De acordo com organizações da sociedade civil que acompanham o caso, muitos destes imigrantes não têm conseguido renovar as respetivas autorizações apesar de residirem e trabalharem na Grécia há vários anos.
Os serviços sanitários decidiram hospitalizar os 54 imigrantes perante o perigo de os seus órgãos vitais poderem ser afetados de forma permanente, informaram fontes médicas.
Entre os hospitalizados, 14 apresentavam sintomas de falha renal e os restantes problemas de saúde diversos, depois de, durante um mês, terem apenas ingerido água com açúcar.
Desde domingo, 36 dos imigrantes que estão em greve de fome negam-se, inclusive, a beber água, tendo 18 sido hospitalizados.
Artistas, atores e académicos gregos juntaram-se hoje numa conferência de imprensa em Atenas para transmitir o seu apoio aos imigrantes.
"O tempo está a acabar e o governo ainda não se apercebeu [disso]", criticou Nadia Vartzeli, uma médica que integra o comité de solidariedade.
O governo de Atenas parece, contudo, não querer ceder. Hoje, o ministro do Interior grego, Yanis Ragusis, insistiu que "não se concederão autorizações de residência permanentes" a imigrantes ilegais.
O território grego é a porta de entrada da maior parte dos fluxos migratórios clandestinos que se dirigem à União Europeia, referem dados de Bruxelas.

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