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Beatriz Mindi | 30-03-2011

Obama promete cooperar com Japão para controlar perigo nuclear em Fukushima

O presidente norte-americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, concordaram, ontem, cooperar estreitamente na crise nuclear nascida da situação na central acidentada de Fukushima, no nordeste do Japão, indicou a Casa Branca.
Obama falou ao telefone com Kan, quando viajava a bordo do avião presidencial Air Force One de Nova Iorque para Washington, pela terceira vez desde o sismo e tsunami de 11 de março, que danificaram gravemente a central.
"O presidente reiterou que os Estados Unidos estão determinados a apoiar o povo japonês nos seus esforços para combater os efeitos devastadores desta catástrofe, tanto a curto como a longo prazo", afirmou a Casa Branca em comunicado.
"O Primeiro-ministro Kan agradeceu ao presidente pela a ajuda norte-americana" e os dois líderes "reafirmaram a importância de uma cooperação estreita" entre os dois países para enfrentar a crise nuclear, acrescentou o comunicado.
Kan reconheceu terça-feira que a situação na central de Fukushima é "imprevisível" e assegurou que o governo nipónico está em "alerta máximo" para evitar uma catástrofe ecológica, após a descoberta de plutónio no solo e de radioatividade na água do mar.
Iood radioativo na água muito elevado
Uma taxa de iodo radioativo 3.355 vezes superior à norma legal foi medida na água do mar recolhida 300 metros a Sul da central nuclear acidentada de Fukushima, nordeste do Japão, revelou hoje a agência de imprensa Jiji.
Trata-se do nível mais elevado de iodo 131 medido desde a catástrofe de 11 de março no Japão, provocada por um sismo seguido de um tsunami.
As fugas radioativas em Fukushima multiplicam-se desde então e a água que devia servir para arrefecer os reatores terá provavelmente fluido até ao oceano Pacífico.
O receio de uma contaminação dos alimentos pelas radiações provenientes da central nuclear japonesa de Fukushima provocou uma corrida aos contadores Geiger nos Estados Unidos, indicaram terça-feira os retalhistas, reportando uma rutura de stock.
"As vendas atingiram um pico. Tivemos de suspender as encomendas no nosso site há mais de uma semana", declarou Tim Flanagan, proprietário do site GeigerCounter.com.
"Recebemos chamadas do Mundo inteiro a propósito destes aparelhos", revelou Mike McBride, da Industrial Test Systems, que fabrica dois modelos destes detetores de radiações ionizantes.
Quanto à GS Geiger, que vende a 450 dólares cada um dos contadores portáteis de fabrico alemão, estima o tempo de espera em quatro meses, a partir da data da encomenda.
Nas últimas três semanas, as encomendas chegaram principalmente do Japão e dos Estados da costa Ocidental dos Estados Unidos.
"O Japão exporta produtos alimentares para a costa do Pacífico (do continente americano) e para o Sudeste Asiático, onde as pessoas estão inquietas com a possibilidade de contaminação dos alimentos", explicou Tim Flanagan.
As vendas elevadas na costa do Pacífico dos Estados Unidos e no Canadá também estão associadas aos receios de nuvens radioativas, indicou a mesma fonte.
Tim Flanagan explicou que num ano normal vende cerca de um milhar de detetores de radiações, em especial aos cientistas, nomeadamente geólogos.
No entanto, segundo as suas contas, vendeu 500 nos cinco dias que se seguiram ao sismo e tsunami de 11 de março, que provocaram o acidente na central de Fukushima.
Os modelos portáteis, da dimensão de um telemóvel e que custam entre 250 e 800 dólares, são fáceis de utilizar e fiáveis, segundo os comerciantes.

Lusa

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