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Beatriz MInid | 06-04-2011

NATO acusada de estar a "deixar morrer habitantes de Misrata"


O chefe militar da rebelião líbia, o general Abdel Fattah Younés, acusou hoje a Nato de "deixar morrer os habitantes de Misrata", uma cidade a este de Tripoli, palco de bombardeamentos das forças pró-Kadhafi há mais de um mês.
"A imprensa internacional deve apoiar com força o povo de Misrata e pedir (a ajuda) da Nato, que teme prestar-nos serviço (...) e está a deixar os habitantes de Misrata morrer todos os dias", afirmou, em conferência de imprensa, citada pela AFP, em Bengazi, bastião dos rebeldes na zona este da Líbia.

"Se a Nato esperar mais uma semana, será o fim de Misrata. Não vamos encontrar mais ninguém lá", acrescentou o antigo ministro do Interior do regime do coronel Kadhafi que se juntou aos rebeldes em fevereiro.

Estas acusações surgem poucas horas depois de a Aliança Atlântica, que tomou o comando das operações militares na Líbia a 31 de março, ter anunciado que a defesa de Misrata era a sua "prioridade número um".

Os insurgentes defendem, há mais de 40 dias, a cidade de Misrata bombardeada e cercada pelas forças leais a Kadhafi. Segundo os rebeldes, mais de 200 pessoas morreram nos combates até agora.

"A Nato dececionou-nos. A Nato não nos forneceu aquilo que nós queríamos", prosseguiu o antigo ministro do Interior, acrescentando que os habitantes de Misrata estão sob ameaça de "extermínio, no verdadeiro sentido do termo".

"A água está cortada, não há eletricidade nem produtos alimentares, não há leite para as crianças há 40 dias, desde que as forças de Kadhafi estão a bombardear as casas, as mesquitas e os hospitais com artilharia pesada", disse ainda o general Abdel Fattah Younés.

A revolta popular contra Kadhafi, no poder há mais de 40 anos, começou em meados de fevereiro e culminou numa guerra civil que opõe as forças leais a Kadhafi aos rebeldes. Entretanto, em março, as Nações Unidas aprovaram uma resolução e acabaram por intervir no terreno, numa coligação liderada pelos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha.



Lusa


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